terça-feira, 15 de março de 2011

Possível fim do visto do Brasil para EUA



Como ficaria o Turismo entre os dois países?


Entre os dias 19 e 23 de março, Barack Obama vem para a América Latina para visitar Brasil, Chile e El Salvador. De acordo com a embaixada do país, o presidente dos Estados Unidos se reunirá com líderes e falará à população para tratar de uma grande variedade de temas.

Por aqui, uma das expectativas é que a presidente Dilma Rousseff e Obama falem da inclusão do Brasil no Visa Waiver Program (VWP), que contém as nações que não necessitam de visto para entrar em território norte-americano. "Hoje, o maior beneficiário dessa medida seria o Brasil. É óbvio que ainda vamos ter o impacto no número de brasileiros viajando para os Estados Unidos, mas a possibilidade de crescimento do contrário vai ser bem maior", afirma o presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Eduardo Barbosa.

Ele explica que os EUA já ocupam uma das primeiras posições dos destinos mais procurados pelos brasileiros. "Os números de brasileiros lá estão atingindo o mesmo número dos que vão a Argentina, ou seja, 1 milhão por ano", compara.

Porém, o americano será mais estimulado sem a necessidade do visto. O Brasil até já investe para atrair esse turista, que é o que mais viaja no mundo todo, mas ainda há dificuldades, como podemos observar em cruzeiros marítimos. "As companhias que param seus navios em nossos portos terão mais facilidade para desembarcar os cruzeiristas americanos para eles gastarem aqui", explica.


Com e sem o visto

Para um americano viajar para o Brasil ou um brasileiro ir para os EUA, é necessário um planejamento com certa antecedência. Afinal, ambos precisam apresentar uma série de documentos – como vínculos empregatício e de moradia –, ir pessoalmente ao consulado dos países que vão visitar e pagar uma taxa. São custos financeiros e de tempo que dificultam a decisão de viajar em cima da hora.

Para se ter uma ideia, o processo para um brasileiro tirar o visto começa com o pagamento de uma taxa de R$ 38. Depois disso, é fornecida uma senha para acessar todas as informações por teleatendimento e pelo site da embaixada americana. A senha tem validade de 180 dias após o pagamento e, caso seja necessário reagendar a entrevista, é preciso adquirir uma nova senha.

Em seguida, é o momento de agendar uma entrevista em um dos consulados e preencher o formulário no site https://ceac.state.gov/genniv. Tanto a página de confirmação do agendamento quanto a do formulário devem ser impressas e levadas no dia da entrevista.

De acordo com o portal da embaixada dos Estados Unidos, hoje, a fila de espera para agendar a entrevista do visto em cada consulado é de:

  • Brasília: 64 dias
  • Recife: 2 dias
  • Rio de Janeiro: 73 dias
  • São Paulo: 14 dias

Na possibilidade de o visto não ser mais necessário, Eduardo explica que o passageiro vai precisar apenas entrar no site do departamento de imigração antes de embarcar e cadastrar seus dados básicos sobre a viagem. "Não vai precisar procurar o consulado previamente. Será um cadastro pela internet, sem custos e que dura dois anos", detalha.

Pontos a favor

O visto foi instituído principalmente como ferramenta de combate à imigração ilegal. Porém, Eduardo acredita que a crise que ainda permanece nos EUA, o bom momento da economia brasileira e a demanda por trabalhadores ser maior aqui do que lá são motivos que anulam a preocupação com a imigração ilegal.

Soma-se a isso o fato de a rejeição dos pedidos de visto de brasileiros ser muito pequena. De acordo com os dados preliminares do governo dos EUA, o Brasil teve, em 2010, 5,2% de rejeição de vistos da categoria B (visitantes de negócios, empregados domésticos, estudantes acadêmicos, pesquisadores, férias, turismo e tratamento médico). "Normalmente o país que está com uma demanda tão pequena de recusas é liberado para fazer parte do programa Visa Waiver", explica Eduardo.

Por isso, existe muita expectativa para que o visto não seja mais exigido. E as vantagens são percebidas nos diversos segmentos do turismo, como no de férias e também no de negócios. Eduardo lembra o exemplo da Coreia do Sul, que foi incluída recentemente no VWP e conseguiu incrementar seus negócios com os Estados Unidos.

Outro exemplo é o acordo de isenção de vistos que o Brasil assinou com a Rússia, no ano passado. "Tem uma companhia russa que está viajando com voos fretados para o Rio de Janeiro. Eles começaram isso em janeiro deste ano, fruto dessa política de isenção de vistos", conta.

Liberdade nos céus

Outro debate em torno do turismo entre o Brasil e os EUA está relacionado com o acordo de céu livre, que faz com que não seja necessário um acordo bilateral para incremento de voos entre os dois países.

"Eles querem que isso seja feito de forma livre: se a companhia decidir aumentar a oferta aérea, ela poderá tomar essa decisão independente de uma reciprocidade", explica Eduardo. Ele lembra que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já articula políticas para ampliar a concorrência entre as companhias aéreas e, assim, melhorar os serviços e os preços para o consumidor.

De qualquer forma, os céus abertos para voos entre os dois países, sem dúvida, também são um tema em pauta. "Estamos muito esperançosos de que esses pontos sejam debatidos, pois é de interesse dos dois países e, com certeza, vai incrementar muito os negócios entre Brasil e Estados Unidos", afirma confiante.

Novas tarifas de embarque entram em vigor no país.


Entraram em vigor nesta segunda-feira os novos valores das tarifas de embarque no país. Portaria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que definiu as tarifas foi publicada no "Diário Oficial da União" no fim de janeiro.

De acordo com a agência reguladora, os valores não eram reajustados desde 2005. Paga pelos passageiros às empresas aéreas, a tarifa de embarque é fixada com base na categoria de cada aeroporto e da viagem --se é doméstica ou internacional.

Antes, a taxa fixada variava entre R$ 8,01 e R$ 36 --quanto maior a demanda do aeroporto, maior o valor. O de Guarulhos, por exemplo, está entre os que têm a tarifa mais cara do país.

Com a inclusão do Adicional de Tarifa Aeroportuária, o limite máximo a ser cobrado pela administradora aeroportuária nos casos de voos nacionais será:

  1. Categoria 1: R$ 20,65
  2. Categoria 2: R$ 16,23
  3. Categoria 3: R$ 13,44
  4. Categogria 4: R$ 9,30

No caso de voos internacionais, os tetos passam a ser de:

  1. Categoria 1: R$ 36,57 (+ taxa adicional de US$ 18)
  2. Categoria 2 :R$ 30,46 (+ taxa adicional de US$ 15)
  3. Categoria 3: R$ 24,37 (+ taxa adicional de US$ 12)
  4. Categoria 4: R$ 12,19 (+ taxa adicional de US$ 6)

Uma nova regra aprovada em janeiro pela Anac estabelece que o aeroporto poderá dar descontos de até 100% ou cobrar um valor até 20% maior do que o fixado, por exemplo, a depender de a viagem ser em horário de pico ou menos concorrido.

A cobrança da sobretaxa de até 20% deverá ser compensada com a concessão de descontos em outros momentos. Os critérios devem ser divulgados publicamente, com antecedência mínima de 30 dias. No fim do ano, o valor médio arrecadado com as tarifas não deve ultrapassar o limite máximo estabelecido pela Anac.

A variação de valores também valerá para as taxas de pouso, decolagem e permanência cobradas das companhias aéreas (que foram reajustadas na portaria divulgada hoje), o que pode, em tese, se refletir em custo maior ou menor no bilhete da viagem.

Haverá, inclusive, liberdade para estabelecer diferentes preços em cada terminal de um mesmo aeroporto e ao longo de um dia.

METAS

As metas de eficiência que cada aeroporto terá que atingir também foram definidas na portaria publicada pela Anac. Calculada com base em parâmetros internacionais de desempenho, que levam em consideração o número de embarques e desembarques e o volume de cargas dividido pelos custos operacionais, as metas acabam por formar uma espécie de ranking dos aeroportos.

Na categoria 1, por exemplo, a meta mais alta (30,78%) foi aplicada ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, o que pode ser interpretado como um atestado de que o Galeão é o mais ineficiente entre os 16 de sua categoria. Em seguida vêm os aeroportos de Manaus e de Maceió. Nesta categoria, o mais bem cotado -- ou que teve a meta de eficiência mais branda (7,48%) -- foi o de Brasília.

Fonte: http://www.infraero.gov.br/images/stories/Tarifas/1_tarifario_port_mar_2011.pdf

Mochilão

Todas as idades!


Dicas para você viajar bem e gastar pouco.



SÃO PAULO - Colocar uma mochila nas costas e sair por aí, desbravando o mundo. Uma viagem assim é o sonho de muitas pessoas - não pense que são só os jovens que se atrevem neste tipo de aventura - e também uma excelente oportunidade de conhecer lugares, pessoas, culturas e costumes diferentes sem gastar tanto.

Mas, para evitar que o seu mochilão se torne uma “roubada”, é importante se atentar para algumas questões importantes, começando pelo planejamento da viagem, item fundamental para não ter surpresas desagradáveis.

De acordo com o jornalista e radialista Edu Sona, que apresenta o programa Mochileiro40tao na JustTV, a principal dica para fazer uma viagem deste tipo sem transtornos é planejar bastante. “É importante você ter os planos A, B e C para emergências. Você pode fazer uma viagem super econômica - mas passar por alguns desconfortos - ou selecionar melhor criando alguns critérios como escolha de hostel (albergue), tipo de viagens (trem ou avião) etc.”, afirma o aventureiro, que criou o programa com objetivo de dar dicas de viagem e economia para as pessoas mais velhas.

O fotógrafo Marcelo Victor, idealizador do site “Brasil de Mochila”, tem a mesma opinião. “Hoje em dia, com acesso à internet, fica tudo mais fácil. Você tem como planejar tudo antes, pesquisar preços, reservar a sua hospedagem”.


Acomodações

O ideal é pesquisar bastante para ficar em acomodações melhores e gastar menos. “Hoje em dia tem hotel até mais barato do que hostel”.

Lembra-se que, muitas vezes, o hostel barato pode ser um problema. “No pique de querer economizar, você acaba ficando mal localizado - e gasta mais com metrôs e ônibus - ou é obrigado a dormir em verdadeiros depósitos de seres humanos. O bom é pesquisar, ver as cotações e comentários de quem já passou por lá e olhar bem o mapa da região antes de fechar a hospedagem”.

Outra opção diferente, mas bastante interessante, é o CouchSurfing (algo como "surfar no sofá"). A ideia do projeto é unir pessoas dispostas a receber turistas em casa e viajar da mesma maneira, sem custos de hospedagem.

Mas, os usuários deste serviço recomendam que quem optar pelo CouchSurfing deve estar disposto a conhecer pessoas novas e não apenas ter um lugar para dormir, já que a interação e a troca de informações e culturas são os principais objetivos do programa.



Transportes

Em relação aos transportes, a dica também é pesquisar bastante e procurar por ofertas entre as companhias aéreas. Na Europa, existem empresas “low cost” (baixo custo), como a Ryanair e a EasyJet, que oferecem passagens muito em conta. Um bilhete para viajar entre Barcelona e Londres, por exemplo, pode sair por 10 euros (às vezes até menos), se comprado com antecedência.

Mas para pagar menos, é preciso viajar apenas com uma bagagem de mão e ela deve ter o peso e medidas estipulados pela companhia aérea. Se ultrapassar o limite, o preço pode ficar salgado.

Além disso, essas empresas geralmente operam em aeroportos distantes dos centros das grandes cidades. “Você pode comprar passagens muito baratas pelas companhias low costs, mas, com a dor de cabeça da burocracia e a distância de alguns aeroportos, às vezes, compensa ir de trem”.

Para quem optar pelo transporte ferroviário, é interessante entrar no site da empresa e também procurar por ofertas e pelos bilhetes que valem por vários dias e dão direito a visitar um número específico de países.

“Muitas vezes viajar a noite sai mais barato. Então, é bom pesquisar nos sites os horários das empresas e aproveitar as promoções noturnas”.


Alimentação

Uma dica valiosa para se alimentar bem e não gastar muito é fugir dos lugares mais badalados e frequentados por turistas. “É legal você conversar com a população local e perguntar onde ficam os restaurantes que eles costumam comer. Assim, você também conhece como são realmente os hábitos do lugar”.

“Há muitas opções, como fazer o seu próprio jantar ou comer barato em restaurantes fora dos pontos turísticos ou grandes centros. O bom é que tem mercado em todos os lados. De fome você não morre”.


Segurança

Para evitar que sua viagem se torne um pesadelo, você também precisa se atentar para cuidados básicos com a segurança. O mochileiro tem que levar uma parte do dinheiro em “cash” e a outra dividida entre cartões de débito internacionais e de crédito. “O ideal é levar até 2 cartões de crédito para evitar surpresas”, aconselha.

Pelas ruas, todo o cuidado é pouco. “Lembre-se de que bandido existe em todos os lugares, até mesmo no primeiro mundo. O turista, muitas vezes, esquece disso e desfila com dinheiro, equipamentos gigantescos”, afirma. “Nos hostels, guarde o que você puder no cofre ou no seu armário”.