quarta-feira, 21 de setembro de 2011


Veja 10 dicas para realizar uma viagem tranquila

SÃO PAULO – Problema e lazer definitivamente não combinam. Por isso, quando vamos realizar uma viagem é preciso dispensar um certo tempo na preparação, para que os momentos de passeio sejam destinados apenas à diversão, sem dores de cabeça.

Pensando nisso, o InfoMoney separou dez dicas para os consumidores tomarem cuidado desde a escolha do pacote de viagem, até a documentação, vacinação, as formas de levar o dinheiro até opções de passeios mais em conta. Confira abaixo!

1) Documentação:

Um dos primeiros passos para quem deseja fazer uma viagem internacional é tirar o passaporte ou renovar o que já possui – se o vencimento for inferior a seis meses, a Polícia Federal indica que ele seja renovado.

Para fazer o documento, basta entrar no site www.dpf.gov.br/servicos/passaporte, preencher o requerimento, pagar a taxa para emissão e agendar data e horário em um posto da Polícia Federal, onde a documentação será conferida, serão colhidas as digitais e tirada uma foto. Após uma semana, o passaporte será entregue pessoalmente ao titular.

Vale salientar que, em viagens para países integrantes do Mercosul e Estados Associados (Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), basta a apresentar o RG.

2) Visto:

A entrada de brasileiros em outros países às vezes depende da emissão de um visto (autorização dada pelo consulado da nação), como para os Estados Unidos.

A necessidade desse documento vai depender do motivo da viagem. Para a maioria dos países da Europa, por exemplo, o brasileiro a turismo pode entrar sem visto desde que permaneça no país por até 90 dias. Se o motivo da viagem for estudo, entretanto, o visto se torna necessário.

Para saber exatamente quais países exigem o documento, basta entrar em contato com o Consulado ou a Embaixada do país de destino. No portal do Itamaraty, você consulta os endereços: http://www.itamaraty.gov.br/servicos-do-itamaraty/enderecos-de-consulados-estrangeiros-no-brasil

3) Seguro de viagem às vezes é obrigatório:

Para escolher o seu, saiba que existem dois tipos de seguro: por tempo de duração da viagem ou planos anuais. Como eles são padronizáveis, vale pesquisar quais as coberturas e limites para suas necessidades. De um modo geral, é indicado prever morte acidental e invalidez por acidente.

Vale lembrar ainda que para viajar aos países participantes do Tratado de Schengen (convenção entre nações europeias que estabelece política de abertura das fronteiras e livre circulação de pessoas), os brasileiros são obrigados a contratar um seguro-viagem.

São signatários desse Tratado: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça.

4) Vacine-se:

Dependendo do destino da viagem, seja internacional ou no Brasil, é preciso tomar cuidado com certas vacinas, como da febre amarela, que é obrigatória para entrar em alguns países e deve ser tomada com pelo menos 10 dias de antecedência.

Ainda de acordo com a Anvisa, as vacinas tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dT (difteria e tétano) e hepatite B são indicadas como prevenção para qualquer destino. Já para destinos endêmicos, também vale tomar a da poliomielite, influenza e meningite meningocócica.

De qualquer forma, acesse o site http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/cidadao para se preparar da melhor forma possível, conferindo as exigências para o seu local de destino.

5) Cuidados no contrato do pacote turístico:

Se o consumidor gosta de negociar pessoalmente e organizar cada detalhe, a melhor opção é viajar por conta. Mas, para quem não abre mão da comodidade, a contratação de um pacote de viagem lhe oferece o respaldo da empresa para qualquer eventualidade.

Para fazer a melhor escolha, o primeiro passo é pesquisar. Em seguida, a orientação do Procon é que o consumidor solicite todas as informações por escrito e detalhadas no contrato, principalmente em relação à quantidade de dias e noites, tipo e localização do meio de hospedagem, meio de transporte, ingressos de passeios opcionais, parques e shows incluídos, tipo de quarto, refeições incluídas etc.

Esse documento serve como garantia de que tudo será cumprido durante a viagem. Outros itens que servem como prova do que foi oferecido são os materiais publicitários.

6) Dinheiro:

Para as pequenas despesas, a melhor opção é utilizar o dinheiro vivo e já embarcar com o dólar ou a moeda do país convertidos. Para o restante dos gastos é aconselhável usar uma das opções abaixo:

  • Cartão de crédito: as compras funcionam da mesma forma que no Brasil. Mas, será necessário um cartão de crédito internacional e uma boa dose de controle! Afinal, na hora da fatura valerá o câmbio da data de fechamento e existe a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
  • Saque em cartão de crédito: não é vantajoso, pois o consumidor paga o câmbio de uma compra, uma taxa pelo saque e outra sobre o valor retirado. Mas sua praticidade ajuda em situações de aperto.
  • Cartão pré-pago: nele o consumidor se planeja, escolhe o valor que deseja gastar durante a viagem e realiza o carregamento do cartão. Apesar de não permiter parcelamento, o IOF é menor do que o cobrado no cartão de crédito.
  • Traveller Check: é uma forma segura de levar o dinheiro, pois seu real valor só é reconhecido depois que o consumidor o assina – primeiro no banco, mediante apresentação de RG, CPF, passagem aérea e passaporte, e novamente quando trocá-los no país de destino

7) Bagagem e seus excessos:
Segundo as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), cada passageiro pode despachar 23 kg, em aeronaves com mais de 31 assentos, para voos domésticos. Caso o peso seja superior, o transporte da bagagem dependerá de cada companhia aérea e da cobrança pelo excesso de peso. Em viagens internacionais que partem do Brasil, o máximo permitido são duas malas por pessoa com peso máximo de 32 kg cada.

Com relação à bagagem de mão, consulte a empresa aérea sobre o sistema adotado no país de destino, que pode ser do tipo peça (a soma de suas dimensões não pode exceder 115 cm) ou peso (os valores são definidos pela companhia). E não esqueça que todos os líquidos devem estar em frascos com tamanho máximo de 100 ml e em embalagem de plástico transparente e vedada.

Já nos voos nacionais, o limite de peso da bagagem de mão é de 5 kg, sendo que a soma do comprimento, da altura e da largura não pode ultrapassar 115 centímetros.

8) Conheça seus direitos e proteja-se:

Para evitar aborrecimentos, a dica da Proteste é confirmar a reserva e marcar o número do assento com antecedência. Mas se na hora a atendente informar que o voo está lotado, saiba que a companhia deve respeitar os direitos do consumidor, de forma gradual, de acordo com o tempo de espera:

  • A partir de 1 hora: comunicação via internet, telefonemas etc.
  • A partir de 2 horas: alimentação (voucher, lanche, bebida, etc).
  • A partir de 4 horas: acomodação ou hospedagem (se for o caso) e transporte do aeroporto ao local de acomodação.

Para atraso superior a esse tempo, a empresa deve oferecer ao passageiro opções de reacomodação ou reembolso, além da assistência material já mencionada.

Já no caso de cancelamento do voo, a companhia deve arcar com a multa rescisória. Afinal, segundo a Proteste, na compra do bilhete aéreo o consumidor e a companhia firmam um contrato que só pode ser alterado em comum acordo.

9) Alimente-se bem:

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) chama a atenção para alguns cuidados:

  • Tome cuidado com a água consumida, optando pela mineral. Em casos adversos, ferva a água antes de beber ou opte por produtos industrializados, como refrigerantes ou sucos engarrafados. Evite adicionar gelo nas bebidas!
  • Certifique-se de que os alimentos estejam cozidos, fritos ou assados.
  • A embalagem de alimentos deve estar intacta e o rótulo deve identificar o produtor e a data de validade.
  • Evite consumir alimentos de ambulantes e comer fruto do mar cru (moluscos e crustáceos podem conter toxinas que permanecem ativas mesmo após o cozimento).
  • Não beba leite, nem coma seus derivados e ovos crus.
  • Já as frutas, podem ser consumidas cruas desde que as cascas estejam inteiras.

10) Fuja da rotina sem gastar muito:

Em tempos de sites de compras coletivas, uma ótima dica é pesquisar promoções de passeios nos destinos para onde o consumidor vai viajar, conferindo se a validade do cupom é compatível com a data da viagem. Ainda na internet, vale pesquisar opções baratas e gratuitas nos sites da prefeitura e nos guias de jornais.

Se você é do tipo esportista, que curte uma aventura, a dica é procurar pelos parques e trilhas das cidades. Outra opção é o zoológico, cujo ingresso é relativamente barato.

Para os fãs de artes, há muitas opções de lazer: cinema, teatro, exposições, mostras, concertos etc. Além desses, ainda existem os museus, que costumam ter um preço baixo, os circos, planetários e city tours.


sábado, 23 de abril de 2011


Novidades no transporte dos bichinhos!

No último dia 31 de março a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) publicou no Diário Oficial novas regras para o transporte de animais pelas linhas rodoviárias intermunicipais em São Paulo. A partir de agora só podem viajar de ônibus no estado os animais com no máximo 10 kg. Além disso, eles devem ser transportados em uma caixa apropriada e possuir um atestado sanitário emitido por um veterinário até 15 dias antes da viagem. A grande mudança está na tarifa.

A nova regra exige que o animal pague uma tarifa integral do trecho pelo assento utilizado pelo bichinho. No caso das aves é necessária uma autorização de trânsito emitida pelo Ibama.

Já quem vai cair na estrada de carro deve garantir que os bichos viagem sempre no banco de trás e com a cabeça dentro do veículo (nada de curtir um ventinho). Eles devem estar em caixas de transportes adequadas ao seu tamanho ou com a guia presa ao cinto de segurança. Outra alternativa são os cintos de segurança feitos especialmente para cães, que lhes garante mais conforto e podem ser encontrados em pet shops.

Mas, se a viagem for de avião, fique atento e entre em contato o quanto antes com a companhia aérea. Isso porque cada empresa tem regras próprias para o transporte dos pets e a maioria estipula um número máximo de animais por vôo (normalmente dois). Vale lembrar também que todas as companhias exigem a carteira de vacinação do animal, comprovando que as vacinas estão em dia e um atestado de saúde emitido por um veterinário até uma semana antes do embarque.

Segue abaixo as regras para transporte de animais da Gol, TAM e Azul.

TAM

A empresa permite o transporte de cães e gatos tanto na cabine quanto no porão do avião. Na cabine são permitidos animais que pesem, junto com a caixa de transporte 10 kg (esse detalhe é importante porque todas as companhias contam sempre o peso do animal mais o peso da caixa, portanto se o seu pet já pesa 10 kg, provavelmente ele não se encaixará nesse padrão). Se o peso for superior a isso, ele deverá viajar no porão.

São permitidos somente dois animais por vôo, por isso é aconselhável se informar antes de comprar a passagem se tem vaga para o bichinho no mesmo vôo. O serviço custa R$ 90 mais 0,5% do valor cheio da tarifa multiplicado pelo peso do animal mais a caixa. Mas fique atento, pois o valor cheio da tarifa pode não ser o mesmo que você pagou. Por exemplo, se você pagou R$ 200 por uma passagem promocional, mas o preço cheio do bilhete é de R$ 800, o peso será multiplicado por 0,5% de R$ 800.

Gol

Nesse caso quem é responsável pelo transporte é a Gollog (serviço de transporte de cargas), uma vez que só é permitida a viagem de animais no porão. Os animais devem viajar em caixas de transporte adequadas para seu tamanho e resistentes (a companhia aconselha fibra de vidro ou plástico rígido). Na Gol também é cobrada uma taxa fixa de R$ 90 mais 1% do valor da tarifa cheia (a mais cara) vezes o peso do animal mais caixa.

Azul

Todos os animais são transportados na cabine, mas só podem viajar aqueles que pesem, junto com a caixa de transporte, no máximo 5 kg. Podem viajar até três animais por vôo e a tarifa é fixa em R$ 100.



Saiba como evitar problemas com os sites de compras coletivas, que chegam ao segmento de turismo.

Muitas vezes é mesmo difícil resistir àquele e-mail que chega à caixa de mensagem oferecendo milagrosos 40% de desconto num cruzeiro pelo Caribe ou diárias num hotel na beira da praia pela metade do preço. Com promoções relâmpagos ou abatimentos válidos por tempo determinado, os sites de compras coletivas - fenômeno nascido nos Estados Unidos em 2008 e que vem ganhando adeptos no Brasil oferecendo produtos que variam de pizzas a tratamentos de beleza, com preços mais que competitivos - voltam-se agora para o turismo. Os grandes desse modelo, como Groupon (que acabou de lançar uma seção exclusiva para viagens) e Peixe Urbano, já incluíam hotéis e pousadas em suas páginas. Mas são os sites voltados só para viagens, que não existiam até o ano passado, que mostram como a novidade se consolidou, a ponto de incomodar as operadoras tradicionais. Lá na ponta, está o consumidor. Mas, antes de confirmar a compra, é preciso tomar cuidados, para que a oportunidade coletiva não vire um problema pessoal e intransferível.

Pechinchas vão de pousadas na serra a cruzeiros pelo Caribe

Como funciona essa tal compra coletiva? Basicamente trata-se de uma promoção oferecida por um estabelecimento e divulgada por um site na internet. Para cada compra (ou cupom, como é chamado em algumas páginas), o site ganha uma comissão sobre o valor pago pelo consumidor. No caso das hospedagens, depois de concluir a compra, o cliente marca, dentro do prazo estipulado, uma data diretamente com o hotel ou pousada. No caso de pacotes de viagens (como cruzeiros), há uma data já determinada, normalmente em prazos apertados.

As ofertas de viagens se dividem em duas categorias: as que vendem estadias em hotéis e pousadas em baixa temporada (excluindo os feriados e os fins de semana mais concorridos), com validade longa, e as de pacotes de última hora, com datas específicas. É bom ressaltar que, na grande maioria dos casos, essas promoções não incluem transporte, taxas ou outras providências burocráticas, como documentação e seguro-viagem, para pacotes no exterior.

Criado em 6 de dezembro de 2010, o Viajar Barato foi um dos primeiros site de compras coletivas a focar exclusivamente no turismo. No começo, seus principais parceiros eram pousadas e hotéis de beira de praia ou serra. A grande virada aconteceu quando passou a anunciar cruzeiros marítimos. As companhias de navegação encontraram neste canal de venda um escape de última hora perfeito para suas cabines desocupadas. Em seguida, vieram as agências de viagens com pacotes e voos fretados para o exterior.

No começo de março, por exemplo, o site anunciava um cruzeiro de uma semana a bordo de um meganavio da Royal Caribbean com 45% de desconto e um pacote pelo norte da África pela metade do preço. Ambos sem a parte aérea. No início do ano, a promoção para completar um voo fretado para a Flórida fez sucesso entre os viajantes.

Nosso negócio é o que as agências não vendem: as vagas ociosas, a baixa temporada. Somos complementares ao mercado tradicional, não concorrentes - diz um dos sócios e fundador do site, Luiz Fernando Vieira.

Os números do Viajar Barato mostram que em seus três primeiros meses o site vendeu mais de 1.500 cupons de desconto, o que significa que cerca de cinco mil pessoas aproveitaram as ofertas de viagens e hospedagem. Em seu mês mais rentável, fevereiro, lucrou pouco mais de R$ 1 milhão.

Seu concorrente direto, o Hotel Urbano , voltado exclusivamente para hospedagem, foi criado apenas dez dias depois. Desde então o site já vendou cerca de 16 mil cupons. Para o diretor comercial do site, Antônio Gomes, o mercado tradicional está adotando a velha estratégia do "se não pode vencê-los, junte-se a eles":

Algumas operadoras já oferecem seus pacotes nesses sites. É a nova realidade.

Pioneiro nesta onda e um dos maiores em atividade no Brasil, o americano Groupon lançou recentemente uma seção dedicada apenas a ofertas de turismo, chamada Hotéis e Viagens , com hospedagens e até passagens aéreas. No começo do mês, uma das promoções que chamavam atenção no canal era de tarifas da Puma Air, empresa que voa de São Paulo a destinos nas regiões Norte e Nordeste.

Temos uma forte atuação no setor e queremos ampliá-la. Nossa presença global permite que levemos esse conceito a vários países onde estamos presentes - diz o CEO do Groupon Brasil, Florian Otto.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Alfredo Lopes, considera essa nova onda positiva por aquecer o turismo nas cidades menores, que sofrem mais com a sazonalidade.

Para o Rio não faz muita diferença, porque a taxa de ocupação é sempre alta. Mas para pousadas na Região Serrana e na Região dos Lagos, pode ser excelente. E para os consumidores é uma oportunidade de ter bons preços.

Enquanto os donos de hotéis se encantam com a possibilidade de ver seus quartos vazios se encherem, os representantes das agências de viagens ainda enxergam as compras coletivas com desconfiança.

Esses sites são uma alternativa para os consumidores, claro. Mas quem vai comprar precisa saber exatamente quem está por trás daquele serviço, e é preciso tomar uma série de cuidados - alerta o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Carlos Alberto Amorim Ferreira.

Ele admite que o surgimento destes potenciais concorrentes virtuais não foi a melhor notícia que as agências tradicionais receberam nos últimos meses. Mas reconhece que é um sinal de que o setor precisa se modernizar rapidamente para se adaptar aos novos tempos.

Gostar (da nova onda de compras pela internet) a gente não gosta, mas tem que se adaptar. É claro que num primeiro momento uma novidade dessas afeta os negócios, mas é uma questão de se reposicionar no mercado. A internet é uma ferramenta que não pode ser ignorada - diz Ferreira, que vê um novo papel do agente de viagens. - Ele será cada vez mais um consultor especializado, não mais um intermediário entre o fornecedor e o turista. Por isso que o consumidor deve estar cada vez mais atento.

Para não ficar com o cupom na mão

As facilidades oferecidas pelos sites de compras coletivas nem sempre se realizam. Não são poucos os casos em que os clientes não conseguem agendar sua hospedagem porque o hotel vendeu mais cupons do que poderia suportar e até mesmo de tarifas supervalorizadas para mascarar o desconto real da promoção. Para não transformar um fim de semana prazeroso em dor de cabeça, é bom tomar alguns cuidados.

As compras nesses canais são feitas quase sempre no impulso, o que é perigoso. Antes de fechar negócio, é preciso pensar um pouco e avaliar as condições - diz a advogada Fabíola Meira, especializada em direito do consumidor, do escritório Braga Nascimento e Zilio Advogados Associados.

Uma das queixas mais recorrentes diz respeito à dificuldade para marcar datas da hospedagem. Em geral, as regras das promoções excluem feriados e semanas de altíssima temporada, como festas de fim de ano. Mas não os fins de semana normais, que, claro, são os mais concorridos.

Antes de comprar, veja quantos quartos o hotel oferece. Depois repare quantas pessoas já compraram a oferta. Quanto maior a diferença entre o número de compradores e o de habitações, maior será a espera. Em alguns casos, pode mesmo levar meses.

Outra situação que pode ser verificada antes de clicar no botão "confirmar" é saber se o desconto corresponde à realidade. Se tivesse entrado em contato com a pousada em Búzios que oferecia duas diárias de fim de semana por R$ 425 (metade de R$ 850, valor anunciado como normal), um médico teria sido informado que duas diárias sairiam por R$ 500, sem promoção alguma. Ou seja, o desconto real estava longe dos 50% prometidos pelo Groupon.

“Eu me senti enganado, porque esperava um nível de hospedagem e encontrei outro, bem abaixo. Foi minha primeira e última compra desse tipo - diz o médico”.

História parecida viveu a fonoaudióloga Andréa Amado. Ela pagou R$ 349 por um fim de semana em Penedo, anunciado com desconto de 50%. Chegando lá, achou o hotel simples demais para o valor. Ao retornar ao Rio, ligou para o estabelecimento e descobriu que um pacote idêntico ao dela sairia por R$ 380. Mas, diferentemente de Erthal, teve seu dinheiro de volta após reclamar com o Click On, site por onde realizou a compra.

O Procon ressalta que a restituição não é um favor. Como em qualquer outro tipo de relação com o consumidor, a devolução do dinheiro em caso de serviço mal prestado ou propaganda enganosa é obrigatória. E sendo compra realizada a distância (pela internet), o cliente também tem o direito mudar de ideia e cancelar o pedido em até uma semana. Mesmo que os sites avisem, em suas condições de venda, que não há restituição.

FIQUE ATENTO:

RESTRIÇÕES: Leia com atenção as restrições para este tipo de compra, como o prazo de validade do cupom e os períodos em que a promoção não é válida.

PESQUISE E COMPARE: Sem mencionar a promoção, pergunte o preço da tarifa junto ao fornecedor, para verificar se a oferta foi ou não manipulada.

MATEMÁTICA DOS QUARTOS: Antes de comprar, veja quantas pessoas já o fizeram e a relação entre compras efetuadas e o número de quartos. Quanto maior for esta diferença, mais tempo vai demorar para agendar.

DOCUMENTAÇÃO: Guarde todos os e-mails, desde confirmações de compra até respostas a dúvidas.

RECLAMAÇÕES: Registre sua queixa junto ao site onde comprou e ao fornecedor (hotel, companhia aérea ou de cruzeiro). Caso a resposta seja insatisfatória, procure o Procon ou outros órgãos de Defesa do Consumidor.

terça-feira, 15 de março de 2011

Possível fim do visto do Brasil para EUA



Como ficaria o Turismo entre os dois países?


Entre os dias 19 e 23 de março, Barack Obama vem para a América Latina para visitar Brasil, Chile e El Salvador. De acordo com a embaixada do país, o presidente dos Estados Unidos se reunirá com líderes e falará à população para tratar de uma grande variedade de temas.

Por aqui, uma das expectativas é que a presidente Dilma Rousseff e Obama falem da inclusão do Brasil no Visa Waiver Program (VWP), que contém as nações que não necessitam de visto para entrar em território norte-americano. "Hoje, o maior beneficiário dessa medida seria o Brasil. É óbvio que ainda vamos ter o impacto no número de brasileiros viajando para os Estados Unidos, mas a possibilidade de crescimento do contrário vai ser bem maior", afirma o presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Eduardo Barbosa.

Ele explica que os EUA já ocupam uma das primeiras posições dos destinos mais procurados pelos brasileiros. "Os números de brasileiros lá estão atingindo o mesmo número dos que vão a Argentina, ou seja, 1 milhão por ano", compara.

Porém, o americano será mais estimulado sem a necessidade do visto. O Brasil até já investe para atrair esse turista, que é o que mais viaja no mundo todo, mas ainda há dificuldades, como podemos observar em cruzeiros marítimos. "As companhias que param seus navios em nossos portos terão mais facilidade para desembarcar os cruzeiristas americanos para eles gastarem aqui", explica.


Com e sem o visto

Para um americano viajar para o Brasil ou um brasileiro ir para os EUA, é necessário um planejamento com certa antecedência. Afinal, ambos precisam apresentar uma série de documentos – como vínculos empregatício e de moradia –, ir pessoalmente ao consulado dos países que vão visitar e pagar uma taxa. São custos financeiros e de tempo que dificultam a decisão de viajar em cima da hora.

Para se ter uma ideia, o processo para um brasileiro tirar o visto começa com o pagamento de uma taxa de R$ 38. Depois disso, é fornecida uma senha para acessar todas as informações por teleatendimento e pelo site da embaixada americana. A senha tem validade de 180 dias após o pagamento e, caso seja necessário reagendar a entrevista, é preciso adquirir uma nova senha.

Em seguida, é o momento de agendar uma entrevista em um dos consulados e preencher o formulário no site https://ceac.state.gov/genniv. Tanto a página de confirmação do agendamento quanto a do formulário devem ser impressas e levadas no dia da entrevista.

De acordo com o portal da embaixada dos Estados Unidos, hoje, a fila de espera para agendar a entrevista do visto em cada consulado é de:

  • Brasília: 64 dias
  • Recife: 2 dias
  • Rio de Janeiro: 73 dias
  • São Paulo: 14 dias

Na possibilidade de o visto não ser mais necessário, Eduardo explica que o passageiro vai precisar apenas entrar no site do departamento de imigração antes de embarcar e cadastrar seus dados básicos sobre a viagem. "Não vai precisar procurar o consulado previamente. Será um cadastro pela internet, sem custos e que dura dois anos", detalha.

Pontos a favor

O visto foi instituído principalmente como ferramenta de combate à imigração ilegal. Porém, Eduardo acredita que a crise que ainda permanece nos EUA, o bom momento da economia brasileira e a demanda por trabalhadores ser maior aqui do que lá são motivos que anulam a preocupação com a imigração ilegal.

Soma-se a isso o fato de a rejeição dos pedidos de visto de brasileiros ser muito pequena. De acordo com os dados preliminares do governo dos EUA, o Brasil teve, em 2010, 5,2% de rejeição de vistos da categoria B (visitantes de negócios, empregados domésticos, estudantes acadêmicos, pesquisadores, férias, turismo e tratamento médico). "Normalmente o país que está com uma demanda tão pequena de recusas é liberado para fazer parte do programa Visa Waiver", explica Eduardo.

Por isso, existe muita expectativa para que o visto não seja mais exigido. E as vantagens são percebidas nos diversos segmentos do turismo, como no de férias e também no de negócios. Eduardo lembra o exemplo da Coreia do Sul, que foi incluída recentemente no VWP e conseguiu incrementar seus negócios com os Estados Unidos.

Outro exemplo é o acordo de isenção de vistos que o Brasil assinou com a Rússia, no ano passado. "Tem uma companhia russa que está viajando com voos fretados para o Rio de Janeiro. Eles começaram isso em janeiro deste ano, fruto dessa política de isenção de vistos", conta.

Liberdade nos céus

Outro debate em torno do turismo entre o Brasil e os EUA está relacionado com o acordo de céu livre, que faz com que não seja necessário um acordo bilateral para incremento de voos entre os dois países.

"Eles querem que isso seja feito de forma livre: se a companhia decidir aumentar a oferta aérea, ela poderá tomar essa decisão independente de uma reciprocidade", explica Eduardo. Ele lembra que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já articula políticas para ampliar a concorrência entre as companhias aéreas e, assim, melhorar os serviços e os preços para o consumidor.

De qualquer forma, os céus abertos para voos entre os dois países, sem dúvida, também são um tema em pauta. "Estamos muito esperançosos de que esses pontos sejam debatidos, pois é de interesse dos dois países e, com certeza, vai incrementar muito os negócios entre Brasil e Estados Unidos", afirma confiante.

Novas tarifas de embarque entram em vigor no país.


Entraram em vigor nesta segunda-feira os novos valores das tarifas de embarque no país. Portaria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que definiu as tarifas foi publicada no "Diário Oficial da União" no fim de janeiro.

De acordo com a agência reguladora, os valores não eram reajustados desde 2005. Paga pelos passageiros às empresas aéreas, a tarifa de embarque é fixada com base na categoria de cada aeroporto e da viagem --se é doméstica ou internacional.

Antes, a taxa fixada variava entre R$ 8,01 e R$ 36 --quanto maior a demanda do aeroporto, maior o valor. O de Guarulhos, por exemplo, está entre os que têm a tarifa mais cara do país.

Com a inclusão do Adicional de Tarifa Aeroportuária, o limite máximo a ser cobrado pela administradora aeroportuária nos casos de voos nacionais será:

  1. Categoria 1: R$ 20,65
  2. Categoria 2: R$ 16,23
  3. Categoria 3: R$ 13,44
  4. Categogria 4: R$ 9,30

No caso de voos internacionais, os tetos passam a ser de:

  1. Categoria 1: R$ 36,57 (+ taxa adicional de US$ 18)
  2. Categoria 2 :R$ 30,46 (+ taxa adicional de US$ 15)
  3. Categoria 3: R$ 24,37 (+ taxa adicional de US$ 12)
  4. Categoria 4: R$ 12,19 (+ taxa adicional de US$ 6)

Uma nova regra aprovada em janeiro pela Anac estabelece que o aeroporto poderá dar descontos de até 100% ou cobrar um valor até 20% maior do que o fixado, por exemplo, a depender de a viagem ser em horário de pico ou menos concorrido.

A cobrança da sobretaxa de até 20% deverá ser compensada com a concessão de descontos em outros momentos. Os critérios devem ser divulgados publicamente, com antecedência mínima de 30 dias. No fim do ano, o valor médio arrecadado com as tarifas não deve ultrapassar o limite máximo estabelecido pela Anac.

A variação de valores também valerá para as taxas de pouso, decolagem e permanência cobradas das companhias aéreas (que foram reajustadas na portaria divulgada hoje), o que pode, em tese, se refletir em custo maior ou menor no bilhete da viagem.

Haverá, inclusive, liberdade para estabelecer diferentes preços em cada terminal de um mesmo aeroporto e ao longo de um dia.

METAS

As metas de eficiência que cada aeroporto terá que atingir também foram definidas na portaria publicada pela Anac. Calculada com base em parâmetros internacionais de desempenho, que levam em consideração o número de embarques e desembarques e o volume de cargas dividido pelos custos operacionais, as metas acabam por formar uma espécie de ranking dos aeroportos.

Na categoria 1, por exemplo, a meta mais alta (30,78%) foi aplicada ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro, o que pode ser interpretado como um atestado de que o Galeão é o mais ineficiente entre os 16 de sua categoria. Em seguida vêm os aeroportos de Manaus e de Maceió. Nesta categoria, o mais bem cotado -- ou que teve a meta de eficiência mais branda (7,48%) -- foi o de Brasília.

Fonte: http://www.infraero.gov.br/images/stories/Tarifas/1_tarifario_port_mar_2011.pdf

Mochilão

Todas as idades!


Dicas para você viajar bem e gastar pouco.



SÃO PAULO - Colocar uma mochila nas costas e sair por aí, desbravando o mundo. Uma viagem assim é o sonho de muitas pessoas - não pense que são só os jovens que se atrevem neste tipo de aventura - e também uma excelente oportunidade de conhecer lugares, pessoas, culturas e costumes diferentes sem gastar tanto.

Mas, para evitar que o seu mochilão se torne uma “roubada”, é importante se atentar para algumas questões importantes, começando pelo planejamento da viagem, item fundamental para não ter surpresas desagradáveis.

De acordo com o jornalista e radialista Edu Sona, que apresenta o programa Mochileiro40tao na JustTV, a principal dica para fazer uma viagem deste tipo sem transtornos é planejar bastante. “É importante você ter os planos A, B e C para emergências. Você pode fazer uma viagem super econômica - mas passar por alguns desconfortos - ou selecionar melhor criando alguns critérios como escolha de hostel (albergue), tipo de viagens (trem ou avião) etc.”, afirma o aventureiro, que criou o programa com objetivo de dar dicas de viagem e economia para as pessoas mais velhas.

O fotógrafo Marcelo Victor, idealizador do site “Brasil de Mochila”, tem a mesma opinião. “Hoje em dia, com acesso à internet, fica tudo mais fácil. Você tem como planejar tudo antes, pesquisar preços, reservar a sua hospedagem”.


Acomodações

O ideal é pesquisar bastante para ficar em acomodações melhores e gastar menos. “Hoje em dia tem hotel até mais barato do que hostel”.

Lembra-se que, muitas vezes, o hostel barato pode ser um problema. “No pique de querer economizar, você acaba ficando mal localizado - e gasta mais com metrôs e ônibus - ou é obrigado a dormir em verdadeiros depósitos de seres humanos. O bom é pesquisar, ver as cotações e comentários de quem já passou por lá e olhar bem o mapa da região antes de fechar a hospedagem”.

Outra opção diferente, mas bastante interessante, é o CouchSurfing (algo como "surfar no sofá"). A ideia do projeto é unir pessoas dispostas a receber turistas em casa e viajar da mesma maneira, sem custos de hospedagem.

Mas, os usuários deste serviço recomendam que quem optar pelo CouchSurfing deve estar disposto a conhecer pessoas novas e não apenas ter um lugar para dormir, já que a interação e a troca de informações e culturas são os principais objetivos do programa.



Transportes

Em relação aos transportes, a dica também é pesquisar bastante e procurar por ofertas entre as companhias aéreas. Na Europa, existem empresas “low cost” (baixo custo), como a Ryanair e a EasyJet, que oferecem passagens muito em conta. Um bilhete para viajar entre Barcelona e Londres, por exemplo, pode sair por 10 euros (às vezes até menos), se comprado com antecedência.

Mas para pagar menos, é preciso viajar apenas com uma bagagem de mão e ela deve ter o peso e medidas estipulados pela companhia aérea. Se ultrapassar o limite, o preço pode ficar salgado.

Além disso, essas empresas geralmente operam em aeroportos distantes dos centros das grandes cidades. “Você pode comprar passagens muito baratas pelas companhias low costs, mas, com a dor de cabeça da burocracia e a distância de alguns aeroportos, às vezes, compensa ir de trem”.

Para quem optar pelo transporte ferroviário, é interessante entrar no site da empresa e também procurar por ofertas e pelos bilhetes que valem por vários dias e dão direito a visitar um número específico de países.

“Muitas vezes viajar a noite sai mais barato. Então, é bom pesquisar nos sites os horários das empresas e aproveitar as promoções noturnas”.


Alimentação

Uma dica valiosa para se alimentar bem e não gastar muito é fugir dos lugares mais badalados e frequentados por turistas. “É legal você conversar com a população local e perguntar onde ficam os restaurantes que eles costumam comer. Assim, você também conhece como são realmente os hábitos do lugar”.

“Há muitas opções, como fazer o seu próprio jantar ou comer barato em restaurantes fora dos pontos turísticos ou grandes centros. O bom é que tem mercado em todos os lados. De fome você não morre”.


Segurança

Para evitar que sua viagem se torne um pesadelo, você também precisa se atentar para cuidados básicos com a segurança. O mochileiro tem que levar uma parte do dinheiro em “cash” e a outra dividida entre cartões de débito internacionais e de crédito. “O ideal é levar até 2 cartões de crédito para evitar surpresas”, aconselha.

Pelas ruas, todo o cuidado é pouco. “Lembre-se de que bandido existe em todos os lugares, até mesmo no primeiro mundo. O turista, muitas vezes, esquece disso e desfila com dinheiro, equipamentos gigantescos”, afirma. “Nos hostels, guarde o que você puder no cofre ou no seu armário”.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Trilhas São Paulo

São Paulo tem trilhas incrustadas em parques estaduais que são uma opção de lazer e atividade física. Repletas de plantas e animais, elas são ideais para quem quer respirar um ar puro, longe da poluição, e deixar o estresse da metrópole de lado.

Há opções tanto para quem nunca caminhou pelas matas como para quem já é “iniciado” na prática. A trilha Nascente do Ipiranga, situada no Jardim Botânico, Zona Sul, é uma das mais fáceis. Como o próprio nome diz, ela fica próximo de uma das nascentes do Riacho do Ipiranga, curso d’água onde Dom Pedro I declarou o Brasil independente de Portugal, em 7 de setembro de 1822.

Com apenas 720 metros (percurso de ida e volta) e duração de cerca de 40 minutos, a via é elevada em uma passarela de madeira fixa e tem três pontos de observação, onde é possível ver aves, plantas e até pequenos répteis.

Dicas
Antes de começar a fazer caminhadas, as pessoas devem prestar atenção em seu grau de dificuldade. “Há algumas que são difíceis, indicadas para pessoas com bom condicionamento. Quem não está acostumado pode acabar não conseguindo terminar”, disse a gerente de ecoturismo da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, Anna Carolina Fonseca Lobo.

O praticante também deve levar protetor solar, repelente, boné e um calçado de caminhada, com solado apropriado para qualquer relevo. As vestimentas merecem destaque. “Precisa ser confortável, e nunca deve usar roupas de lã. Quando molhadas, elas ficam muito pesadas e demoram para secar”, disse Anna, que também é coordenadora do “Trilhas de São Paulo”, guia que indica 40 trilhas em todo o estado.

Câmera fotográfica é outro item obrigatório. “Você encontra uma diversidade incrível de fauna e flora. Vale a pena registrar tudo isso”.